Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro
Entre uma Balada e um Blues
Oswaldo Montenegro
Quando os bichos dançam com as fadas
Entre uma balada e um blues
A paixão cai da madrugada lá do céu escorrem azuis
Pingam luas, gotas aladas
Entre uma balada e um blues
No repouso das cavalgadas quando a noite abranda essa luz
No caloor das mãos apertadas reconforta a mão que conduz
Um amor dos contos de fadas
Entre uma balada e um blues
Quando os bichos dançam com as fadas
Entre uma balada e um blues
Da paixão cai da madrugada lá do céu escorrem azuis
Pingam luas, gotas aladas
Entre uma balada e um blues
No repouso das cavalgadas quando a noite abranda essa luz
Do calor das mãos apertadas reconforta a mão que conduz
Um amor dos contos de fadas
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada Mesmo que distante Porque metade de mim é partida Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço E que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que pensoMas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso Que eu me lembro ter dado na infância Por que metade de mim é a lembrança do que fui A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria Pra me fazer aquietar o espírito E que o teu silêncio me fale cada vez mais Porque metade de mim é abrigo Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta Mesmo que ela não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer Porque metade de mim é a platéia A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade também.
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